Mãe de primeira viagem: saiba tudo sobre loquiação!

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Durante a gestação, o organismo feminino passa por mudanças drásticas e, após o nascimento do bebê, a recuperação da mãe costuma levar um tempo. O útero, por exemplo, pode ficar até dez vezes maior nesse período.

Com o parto e a saída da placenta, aos poucos, o útero volta ao seu tamanho normal. Esse processo provoca a chamada loquiação e requer um cuidado feminino acentuado.

O que é loquiação? 

A loquiação é o sangramento que acontece em consequência da cicatrização do útero. Sendo assim, é fundamental saber a diferença entre loquiação e menstruação.

A menstruação tem sua origem no endométrio. O útero se prepara para receber o bebê e suas paredes ficam mais espessas. Quando a gravidez não acontece, esse tecido é retirado.

Já a loquiação, como dito anteriormente, vem da cicatrização do útero. Trata-se de um processo natural, entretanto, em casos extremos, quando um pedaço da placenta permanece em seu interior, o útero não para de sangrar. 

Nesse caso, é comum fazer uma curetagem. O sangramento decorrente da loquiação deve cessar, em média, em quatro semanas após o nascimento do bebê. 

Durante esse período, a coloração dessa secreção pode variar ou até mesmo cessar antes. É normal, não se assuste.

Como se dá o processo da loquiação?

A loquiação, também conhecida como lóquios, pode gerar secreções e sangramentos ao longo de todo o resguardo (puerpério).

De 3 a 7 dias após o nascimento do bebê, por conter muitas hemácias, a loquiação é um sangue vermelho vivo. A partir do 8º dia, ou seja, já na segunda semana, a coloração do sangue fica acastanhada (vermelho escuro). 

Aproximadamente a partir do 12º dia após o parto, ela se torna amarelada e, em seguida, esbranquiçada, até cessar o sangramento.

Os lóquios possuem odor próprio, semelhante ao sangue menstrual. Qualquer alteração ou cheiro ruim, pode indicar uma infecção puerperal. Nesse caso, a indicação é procurar orientação médica.

Quais cuidados devem ser tomados?

Pois bem, existem alguns pontos que precisam de atenção, assim, entre os principais cuidados que devem ser tomados durante a loquiação estão: 

  • Beber muita água;
  • Manter uma dieta balanceada;
  • Tomar um suplemento alimentar (polivitamínico);
  • Entre outras ações.

O polivitamínico, além de ajudar no processo de recuperação pós-parto, é importante para uma boa produção de leite, visto que amamentar causa um desgaste de, em média, 900 calorias por dia.

Menstruação pós-parto

Após o parto, alguns fatores podem afetar o ciclo menstrual. O principal deles é o aleitamento materno. A amamentação pode provocar picos de prolactina, inibindo a ovulação e, consequentemente, atrasando a menstruação.

Caso a mulher ofereça o leite materno exclusivamente ao bebê durante os primeiros 6 meses e não menstrue, o período é chamado de amenorreia lactacional. 

Por outro lado, quando o aleitamento deixa de ser exclusivo, o que normalmente acontece no início da introdução alimentar ou quando a mulher para de amamentar, a menstruação volta a descer.

Quando a mulher não amamenta, normalmente a menstruação vem nos três meses iniciais após o parto. Veja abaixo os períodos mais comuns:

 

Forma como é feita a alimentação do bebê Tempo que virá a menstruação 
Leite artificial Até três meses após o nascimento do bebê
Amamentação exclusiva Em torno dos seis meses após o nascimento do bebê
Mamadeira e amamentação Entre três a quatro meses após o nascimento do bebê

 

Porém, vale ressaltar que é normal que o ciclo menstrual fique irregular por algum tempo devido às alterações hormonais e que os prazos indicados não são fixos.

Existem mulheres que mesmo amamentando voltam a menstruar rapidamente e outras que, sem amamentar, demoram a menstruar.

Cada organismo reage de uma forma. Portanto, tenha em mente que os tempos apresentados são uma média e, se sentir que há algo errado, consulte seu obstetra.

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