França e Amazônia: saiba qual a relação entre o país e nosso estado

Publicado por redator em

A princípio, o Brasil e a França compartilham uma fronteira de mais de 600 km, que divide o Estado do Amapá com o departamento ultramarino da Guiana Francesa. 

Porém, embora existam interesses comerciais importantes por trás desse acordo, nos últimos anos, discussões relacionadas à exploração desse território esquentaram o clima entre os dois países. 

Nesse artigo, falaremos um pouco mais sobre como a França preserva e explora sua parte da Amazônia, além da sua relação com o Brasil de um modo geral. Acompanhe

Conheça a Guiana Francesa, trecho da Amazônia pertencente à França 

A Guiana Francesa é o segundo maior departamento ultramarino da França e tem grande parte do seu território coberto pela floresta amazônica. Para que possamos ter uma noção do seu real tamanho, a Guiana é um pouco menor que o Estado de Santa Catarina.

Apesar da população da região ultramarina abrigar poucos habitantes – aproximadamente 210 mil pessoas – as reivindicações por melhorias têm se tornado cada vez mais intensas.

Entretanto, apesar disso, a Guiana Francesa tem alguns inúmeros benefícios para morar por lá, como por exemplo, a facilidade de conseguir emprego. Dentre as vantagens, é possível citar: 

  • Melhora na qualidade de vida;
  • Opções de trabalho;
  • Outras experiências; 
  • Mais vivências. 

Porém, apesar de tudo isso, ainda tem algumas complicações, como algumas que já foram citadas. 

Por exemplo, um dos problemas enfrentados pelo local está relacionado ao extrativismo desenfreado que afeta os povos indígenas que ali residem. Segundo alega o portal Franceinfo, 360.000 mil hectares de terras foram colocados à disposição para que empresas multinacionais pudessem extrair minérios livremente.

Além disso, a contaminação dos rios causada pelo garimpo ilegal também é um motivo de preocupação. Um relatório obtido pelo jornal Le Parisien mostrou que aproximadamente 10 mil garimpeiros trabalhavam ilegalmente na região.   

A poluição causada por essas atividades ilegais é tão séria, que desde 2008, a polícia francesa mantém um efetivo de 500 homens para vigiar os arredores do departamento.

Garimpeiros brasileiros vindo trabalhar ilegalmente

Apesar do garimpo industrial ser ilegal no Parc Amazonien de Guyane, entre os meses de Agosto de 2017 e Janeiro de 2018, foram encontrados mais de 340 pontos de extração ilegal – nesse mesmo período, dezenas de operações foram realizadas a fim de conter esses atos ilícitos. 

Há alguns anos, a BBC inglesa enviou uma equipe para acompanhar o trabalho realizado pela Legião Estrangeira, responsável por mitigar os prejuízos causados por essa atividade predatória. 

Vianney, um dos principais agentes responsáveis pela missão, deu a seguinte declaração: 

“Na maioria das vezes, os garimpeiros são rapazes pobres do Brasil procurando dinheiro fácil. Eles vivem na floresta por meses e meses. Quando estão em suas casas, conseguem fazer R $800 mensais por meio de trabalhos esporádicos. Aqui, eles conseguem ganhar essa mesma quantia em poucos dias”

Atualmente, quase 10 mil garimpeiros ilegais atuam na Guiana Francesa, sendo a maior parte deles formada por brasileiros.

Por que a Amazônia é tão importante para a França? 

Em síntese, a relação entre o Estado do Amapá e a Guiana Francesa é quase que estritamente comercial, sobretudo, no que diz respeito à extração de minérios. 

O local, como se sabe, oferece uma vasta diversidade desses elementos naturais, com um potencial de extração de mais de 85 toneladas de ouro.

O atual presidente da França, Emmanuel Macron, tentou estabelecer um plano de consórcio entre os anos de 2018 e 2019, autorizando empresas de mineração a explorarem o terreno, sob o argumento de que tal prática seria importante para o desenvolvimento econômico da Guiana.  

Entretanto, o projeto foi descontinuado antes mesmo de ser aprovado, logo após o movimento Or de question explanar os riscos que essa empreitada poderia trazer. 

Alguns dos argumentos utilizados pelo movimento temiam que os acontecimentos de Mariana (2015) e Brumadinho (2019) pudessem se repetir na Montanha de Ouro. 

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