Economia digital: o que saber e do que fugir na hora de investir

Publicado por redator em

A transformação da economia ganhou força com a pandemia. Isso porque muitas empresas tiveram que acelerar seus esforços de informatização para sobreviver à nova realidade dos negócios.

No mundo dos investimentos, não foi diferente. Nos últimos anos, cada vez mais pessoas estão se interessando por ativos digitais. Por isso, buscam saber como comprar Bitcoin e outras moedas digitais de forma segura para diversificar suas aplicações.

Mas é preciso ter cuidado. O investimento em novas tecnologias também acarreta riscos, ainda mais com a disparada dos juros e da inflação. Tal fato pode acabar desacelerando o crescimento econômico e aumentando a volatilidade dessas soluções.

Neste artigo, vamos entender melhor o conceito de economia digital. Além disso, veremos qual é o posicionamento estratégico diante dessa nova realidade. O objetivo é buscar retornos acima da média, sem exposição desnecessária ao risco de perdas.

O que é economia digital?

De maneira geral, podemos dizer que a economia digital é o resultado da interconexão entre os consumidores e as empresas. Nela, há a circulação de bens e a prestação de serviços através de soluções tecnológicas.

De fato, a informatização cada vez maior da atividade econômica está provocando mudanças constantes na forma como os consumidores adquirem produtos e serviços. As empresas também precisam reordenar sua força de trabalho e sua estrutura organizacional nesse novo cenário. 

Afinal, é necessário que elas se adaptem a uma nova realidade, marcada pelo uso de aparelhos e tecnologias móveis, pela conexão de internet em alta velocidade e pela ampliação das fronteiras dos mercados.

Toda essa revolução está sendo promovida por empresas que fazem uso intensivo e criativo da tecnologia a fim de eliminar gargalos bastante conhecidos em setores tradicionais da economia. 

Um exemplo claro disso foi a ampliação do acesso a serviços financeiros, como:

  • Pagamentos;
  • Transferências;
  • Contratação de crédito;
  • Investimentos.

Tudo isso graças ao surgimento de novos bancos digitais e de aplicativos de celular.

Investimentos digitais

Outra grande transformação trazida pela economia digital foi a possibilidade de realizar investimentos de forma mais fácil e barata. Para chegar ao sucesso na economia digital, é preciso adotar uma mentalidade de crescimento. 

Home broker

Com a introdução do home broker, no início dos anos 2000, deixou de ser necessário ligar para a mesa de operações de uma corretora para realizar várias transações. 

Por exemplo: adquirir títulos de renda fixa e variável, como ações na bolsa de valores e papéis de dívida pública e privada, como debêntures e títulos públicos. 

Isso reduziu drasticamente os custos dos investidores com corretagem, emolumentos e registro das operações.

Plataformas digitais de investimento

A grande revolução, no entanto, ocorreu a partir da década de 2010, com o lançamento de plataformas eletrônicas de investimento e aplicativos para dispositivos móveis, abrindo o mercado para corretoras digitais de baixo custo, tornando a “taxa zero” o novo padrão do mercado.

Além disso, para atrair mais clientes, os bancos digitais passaram a remunerar os saldos dos clientes em conta-corrente à taxa CDI, que serve de referência para os principais títulos de renda fixa do mercado.

A tecnologia financeira, portanto, promoveu uma verdadeira democratização do acesso a serviços bancários, financeiros e de investimentos. Hoje em dia, qualquer pessoa com um celular pode ter uma conta digital com todos os recursos de um grande banco tradicional.

Criptomoedas e blockchain

Ao mesmo tempo, o desenvolvimento das criptomoedas prometia revolucionar a forma como as pessoas fazem transações financeiras, como pagamentos e transferências. 

Isso graças à criação de uma tecnologia totalmente disruptiva: a blockchain, uma rede descentralizada de computadores que fazem a validação e o registro das operações em cadeias de blocos de informações criptografadas.

Nos últimos cinco anos, as criptomoedas registraram um crescimento exponencial. Por exemplo, o Bitcoin, maior moeda digital em valor de mercado, saiu de apenas 5 centavos de dólar e alcançou a incrível marca de quase 70 mil dólares por unidade.

Isso também contribuiu para o crescimento de outros criptoativos, como os tokens não fungíveis (NFTs, na sigla em inglês) e os investimentos tokenizados. Eles usam a tecnologia blockchain para viabilizar sua distribuição e registro, sem as limitações de jurisdição ou câmbio.

É preciso lembrar, no entanto, que os ativos digitais transacionados em blockchain ainda são relativamente novos. 

Por isso, em muitas regiões, como no Brasil, ainda carecem de uma legislação específica. Esse fato diminui a liquidez desses instrumentos e aumenta drasticamente sua volatilidade, isto é, a frequência e a intensidade das suas variações de preços.

Desse modo, os criptoativos são considerados investimentos de alto risco: eles podem acabar gerando grandes perdas aos investidores caso haja uma exposição excessiva ou o uso imprudente de alavancagem financeira.

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