Conheça mais sobre a área de Medicina Legal
A Medicina conta com diferentes áreas de atuação, e uma delas é a Medicina Legal, que gera bastante curiosidade por estar muito relacionada à resolução de crimes, ou seja, envolvendo peritos criminais.
Pois bem, a Medicina Legal funciona como qualquer outro segmento da área: é preciso ter um estudo especializado (especialização ou residência), além da Medicina em si, para assumir esse trabalho.
Por isso, muitos médicos recém-formados fazem curso extensivo e outros tipos de estudo para conseguir uma vaga em uma boa residência e para, assim, atuar na área. E você sabia que a Medicina Legal não é apenas criminal?
Existem outros setores que também precisam desse profissional. Acompanhe e saiba mais sobre essa área!
O que é a Medicina Legal?
A Medicina Legal é aquela que está relacionada, de alguma maneira, à Justiça. Os profissionais dessa área são os chamados médicos legistas.
Basicamente, trabalham em prol de encontrar informações, a partir de sua análise, que contribuam para a aplicação da justiça ou do correto funcionamento do setor legislativo, garantindo direitos e deveres.
Em outras palavras, são médicos peritos responsáveis pelas seguintes áreas:
- Criminal (como os que trabalham em Institutos Médicos Legais, IMLs);
- Civil;
- Administrativa (perícias, como as do INSS, e trabalhista);
- Securitárias;
- Auditorias.
A partir de suas análises, conseguem identificar detalhes que dão suporte à Justiça e com a garantia dos direitos do cidadão. Médicos legistas, geralmente, são relacionados apenas à vara criminal, mas podem trabalhar em diferentes setores da justiça, como foi possível ver.
Além disso, a Medicina Legal é como uma especialização, ou seja, é preciso ter o diploma de Medicina e também uma residência.
Quais as áreas de atuação?
Existem diversas possibilidades de trabalho para um médico legista, tanto no setor público quanto no setor privado. Em cada área, sua atuação pode acabar sendo diferente, mas o objetivo é sempre auxiliar na parte legal de alguma maneira.
Veja alguns dos cargos que um médico legista pode assumir:
Perícia administrativa
Geralmente trabalha com Medicina do Trabalho, ou seja, determina as capacidades físicas e mentais do trabalhador tanto na contratação quanto no desligamento.
Perícia securitária
Neste caso, ele trabalha avaliando condições legais de seguros de vida e sua aplicação como um todo.
Perícia criminal
Contribui com detalhes médicos e antropológicos para auxiliar em processos e em resoluções de crimes.
Perícia cível
Assim como os criminais, auxiliam nos detalhes para processos e para resoluções de delitos, nesse caso, os praticados contra patrimônio público, privado ou quaisquer bens e valores de outras pessoas.
Auditoria
Trabalha na parte de análise operacional das condições de atendimento de redes privadas e da rede pública (Sistema Único de Saúde — SUS).
Como entrar para a área?
O primeiro passo para se tornar um médico legista, claro, é ser graduado em um curso de Medicina, mas apenas isso não é o suficiente.
Assim como nas outras áreas, é preciso que o profissional seja especializado naquilo que faz. Para isso, pode fazer tanto uma especialização quanto uma residência. No Brasil, a residência em Medicina Legal não é tão comum como em outras áreas.
No Brasil, há o Programa de Residência Médica em Medicina Legal e em Perícias Médicas, limitando o número de médicos especializados no assunto. Entretanto, alguns concursos e cargos aceitam especializações mais gerais, como Cirurgia Geral ou Clínica Geral.
Depois da formação, aqueles que desejam atuar no setor público, como em IMLs, no Instituto de Criminalística ou no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), precisam passar pelos concursos públicos para conseguir seu cargo.
Além disso, no setor público, também há a possibilidade de entrar sem concurso, sendo um perito louvado, chamado por ser especializado em algo bastante específico.
Na área privada, a parte de auditoria, a de perícia administrativa e a de seguros são as opções possíveis, geralmente encontradas facilmente pela grande necessidade desse tipo de profissional.
Texto: Gustavo Marques