O clima de novembro e dezembro pode interferir na produção energética?
Os meses de novembro e dezembro no Brasil são caracterizados por variações climáticas frequentes. Apesar da diversidade de climas no território, os brasileiros já sabem que essa época do ano traz tanto fortes chuvas quanto períodos de calor intenso, com temperaturas que podem chegar perto dos 40ºC.
Exemplos dessas variações climáticas foram os eventos de chuvas intensas que marcaram Belo Horizonte em 2018 e o Rio de Janeiro em 2008, com volumes superiores a 100 mm e 200 mm, respectivamente.
Esses episódios causaram alagamentos, deslizamentos de terra, perdas materiais e interrupções nos serviços, destacando a vulnerabilidade urbana frente à falta de planejamento e infraestrutura adequada.
No entanto, essas variações que ocorrem no mês de novembro podem influenciar diretamente na produção energética? A resposta é “sim”. Isso ocorre, pois essas variações têm impacto direto na energia solar, hidrelétrica e eólica.
Como o clima pode interferir na produção energética?
Em novembro e dezembro, a produção de energia solar pode ser impactada pelas condições climáticas. Em regiões tropicais, é comum uma maior incidência de chuvas e nebulosidade, o que reduz a eficiência dos painéis solares. No entanto, o aumento das temperaturas em locais com maior exposição ao sol pode ajudar a melhorar a eficiência da geração de energia.
Para garantir o bom desempenho das usinas solares, mesmo diante dessas variações climáticas, o uso de ferramentas como o I-V600, um traçador de curva I-V, é essencial. Esse equipamento realiza medições precisas que permitem avaliar a eficiência dos painéis solares e detectar possíveis problemas, contribuindo para uma geração de energia mais estável e eficiente. Saiba mais sobre o I-V600 aqui.
No caso da energia hidrelétrica, as chuvas intensas de novembro e dezembro, típicas em várias áreas do Hemisfério Sul, podem aumentar o volume dos reservatórios, impulsionando a produção de energia. Porém, chuvas excessivas podem causar cheias, o que dificulta a operação das usinas e pode até gerar riscos operacionais.
Além disso, a produção de energia eólica também pode ser afetada pelas alterações nos padrões de vento em novembro. A constância e intensidade dos ventos são essenciais para o bom desempenho dos aerogeradores, e mudanças nessas condições podem impactar diretamente a geração de energia.
Impacto da variação de energia na indústria
Toda indústria necessita de um consumo grande de energia para o funcionamento. Segundo a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), a indústria brasileira responde por mais de 30% do consumo final de energia e quase 40% da eletricidade consumida no Brasil.
Equipamentos presentes no dia a dia dessas instalações industriais, como motores, bombas e compressores, impactam a demanda de energia, assim como os requisitos do sistema elétrico, que exigem o uso de tomadas industriais para garantir o fornecimento adequado e a segurança operacional.
Por isso, as variações existentes nos dois últimos meses do ano possuem sim um impacto direto nas indústrias, já que a oferta constante e estável de energia é fundamental para manter suas operações. Um período sem energia ou com variações impacta a produtividade de uma indústria, principalmente nos setores mais competitivos do mercado.
A redução da geração de energia solar, causada por chuvas e nebulosidade, pode afetar as indústrias que dependem dessa fonte, forçando-as a recorrer a alternativas mais caras.
Já o aumento das chuvas pode beneficiar a energia hidrelétrica, mas também pode causar cheias, afetando a produção. A variação nos ventos compromete a estabilidade da energia eólica, impactando as indústrias, especialmente no Nordeste.
Adaptação às condições climáticas
As variações climáticas impactam a produção de energia, afetando a eficiência da energia solar, hidrelétrica e eólica. Chuvas e nebulosidade reduzem a geração solar, enquanto ventos instáveis comprometem a energia eólica, e chuvas intensas podem beneficiar a hidrelétrica, mas também causar cheias.
Essas flutuações afetam as indústrias, que precisam de energia constante para manter a produtividade. Interrupções ou variações no fornecimento aumentam os custos operacionais, mostrando a necessidade de um sistema energético mais adaptado às mudanças sazonais.