Unidades de Bitcoin: quantas existem, por que e como garantir a sua?

Publicado por Parceiros em

Conforme definido por Satoshi Nakamoto, criador (ou criadores) dessa criptomoeda, existe um limite de 21 milhões de unidades de Bitcoin (BTC). Ou seja, quando essa quantidade for minerada, novas não serão geradas.

 

Isso quer dizer que ninguém mais poderá comprar a BTC?” Não! Só significa que, ao atingir esse número, não haverá a criação de mais unidades, o que pode tornar essa moeda digital escassa.

 

Porém, no que se refere à negociação de Bitcoin, isso pode ser um ponto bem positivo, afinal, a escassez é um dos critérios que leva à valorização desse tipo de ativo.

 

Além disso, é preciso lembrar que a BTC pode ser comprada em frações, isto é, apenas uma pequena parte dessa moeda.

 

Isso acontece porque o Bitcoin pode ser fracionado até a sua 8ª casa decimal. Essa unidade (0,00000001BTC) é chamada de satoshi — sim, em “homenagem” a quem a idealizou.

 

Na prática, quer dizer que nas 21 milhões de unidades de Bitcoin predefinidas há um número quase incontável de frações que podem ser negociadas.

 

Mas por quais motivos essa cripto foi criada com essa limitação? Como ela é gerada? O que é preciso fazer para garantir a sua parte? Confira essas e outras respostas agora, neste artigo!

Quantas unidades de Bitcoin existem no mundo?

Como dissemos, a pessoa, ou as pessoas, responsável por seu desenvolvimento, definiu o limite máximo de 21 milhões de unidades de Bitcoin.

 

Para que você tenha uma ideia de “a quantas andam” a geração dessa cripto, no momento em que este conteúdo foi escrito (dezembro de 2021), já haviam sido mineradas mais de 18,9 milhões de BTC, o que representa quase 90% do seu total — a informação é do site Bitaps

 

Mas como saber se as unidades de Bitcoin são realmente finitas? Isso é relativamente fácil, especialmente por essa criptomoeda ter um código-fonte aberto. Assim, qualquer um pode acessar essa codificação e conferir esse número.

 

O site GitHub, principal repositório público de armazenamento de código-fonte da plataforma, pode ser um canal para fazer essa conferência.

Por quais motivos existe essa limitação?

Existem duas teorias que tentam explicar por quais motivos as unidades de Bitcoin são limitadas. 

 

A primeira é devido à possível substituição da oferta monetária mundial, a segunda se baseia no tempo total necessário para mineração e as recompensas pagas por esse trabalho.

Teoria da substituição da oferta monetária

A expectativa do “pai” da BTC era que a cripto valorizasse com o passar do tempo. Para isso, era preciso limitar a oferta e diminuir a taxa de criação de novas unidades.

 

Na sua conta, Nakamoto considerou que, na época em que esse ativo digital foi criado, o mundo todo contava com US$ 21 trilhões de M1 aproximadamente. Somente para ficar mais claro, M1 é a soma do valor de todo dinheiro que existe no planeta.

 

Considerando que o Bitcoin crescesse e se tornasse uma moeda única para o mundo inteiro, que levaria à substituição do M1, a ideia era que cada BTC valesse o equivalente a US$ 1 milhão — ou seja, 21 milhões de Bitcoin = 21 milhões de M1, e vice-versa.

 

Lembra que falamos que essa cripto pode ser fracionada, gerando a chamada satoshi? Baseada na matemática que acabamos de citar, cada satoshi valeria US$ 0,01, considerando que existem 100 milhões dessas pequenas partes em cada unidade de Bitcoin.

Teoria do tempo de mineração e forma de compensação

Essa segunda teoria é baseada em um suposto e-mail trocado entre Nakamoto e Mike Hearn, um dos nomes que contribui com a criação dessa moeda digital.

 

Para explicar como ela pode ter sido definida, pense nos seguintes fatores: 21 milhões de unidades de Bitcoin permitem que seus blocos sejam minerados com um intervalo regular de 10 minutos cada.

 

Desse modo, a cada quatro anos um total de 210 mil blocos são extraídos, lembrando que após esse período a recompensa é reduzida pela metade, processo chamado de halving. 

 

Assim, os ciclos devem seguir da seguinte forma:

  • primeiro ciclo: 50 BTC por bloco;
  • segundo ciclo: 25 BTC por bloco;
  • terceiro ciclo: 12,5 BTC por bloco;
  • quarto ciclo: 6,25 BTC por bloco.

 

Agora pense muito, muito longe e some todas as recompensas possíveis: 50 + 25 + 12,5 + 6,25 + 3,12 + 1,56, e assim por diante. 

 

Multiplicando esse resultado pelo número máximo de blocos a cada ciclo, chegará ao fornecimento máximo de 21 milhões de unidades de Bitcoin! Um tanto espantoso, não acha?

Como funciona o processo de mineração do Bitcoin?

E já que estamos falando sobre a forma de mineração do Bitcoin, é bastante válido explicar como esse processo funciona, concorda?

 

O método de mineração se chama Prova de Trabalho, ou PoW, do termo em inglês, Proof-of-Work.

 

Os mineradores, como são chamadas as pessoas que realizam essa tarefa, precisam validar as informações contidas em cada bloco que formam a rede blockchain do Bitcoin. Para isso, é necessário resolver um problema matemático complexo, o que demanda o uso de softwares e hardwares robustos.

 

Pela disponibilidade do seu poder computacional, por cada bloco resolvido é pago 6,25 BTC. 

 

Um dos pontos negativos do processo de mineração do Bitcoin é que ele demanda um alto consumo de energia, o que tem levantado a questão do impacto ambiental necessário para a obtenção dessa moeda digital.

Como ter Bitcoin na sua carteira digital?

A boa notícia é que você não precisa de toda essa tecnologia para ter BTC na sua carteira digital.

 

Seja um Bitcoin inteiro, ou apenas sua fração, você pode comprar essa criptomoeda em transações diretas com outra pessoa, ou com a intermediação de um exchange.

 

As negociações diretas podem ser realizadas entre amigos, familiares, ou mesmo entre duas pessoas desconhecidas que têm a intenção de comprar e vender a moeda digital. Nessa forma de aquisição é preciso atenção redobrada para não ser vítima de golpes, como pagar pela cripto e não a ter transferida para a sua carteira.

 

Pelas corretoras, como também podem ser chamadas as exchanges, o processo é muito mais seguro e a transação é feita simultaneamente, ou seja, assim que você paga pelo ativo digital ele é direcionado para a sua conta.

 

Além disso, muitas dessas empresas oferecem o serviço de custódia, o que permite você guardar as suas criptomoedas diretamente na plataforma, sem a necessidade de ter uma carteira digital à parte para essa função.

 

Este artigo foi escrito pela Bitso, exchange internacional de criptomoedas na qual você pode comprar, guardar e vender os seus criptoativos.